chuva;

26.9.09

é que talvez não esteja sempre sol, talvez chova. talvez chova tanto a ponto de você entender que guarda-chuvas seriam inúteis, que nada adiantaria a não ser: deixar chover. e isso é natural, por mais que os outros insistam em se cobrir e em tentar te cobrir; já chove há três dias e não há mais nada a se esperar. o que acontece é quando não se espera, quando a porta é casualmente aberta e de repente você tem companhia. mas ainda chove. só que agora é bonito: agora se chove junto e você nem sequer deseja que pare.

e os sinais chegam aos poucos: no começo você deseja o mar, palmeiras. depois chega até a cogitar uma casa, família e, o mais difícil, felicidade. e então está se perguntando sobre as coisas inimagináveis, mas imagina, imagina sem parar. ainda não há sol - talvez nunca haja - mas, ainda sim, há reykjavík; e toda a felicidade imaginada. concreta. mesmo que apenas por uma noite - reykjavík sempre existirá.