mão-dupla.

29.1.08

hoje eu tenho todas as palavras montadas num esquema lógico. pela primeira vez em tanto tempo, eu ouso tê-las; decidi me dar um voto de confiança. que ninguém fique sabendo, mas, cá entre nós, sempre houve muita decisão escondida sob essa camada de fragilidade. essa insegurança que cala muita das minhas vozes. eu sempre soube, sem jamais procurar saber.

agora, contudo, a situação é outra: construí minhas certezas, de forma que suas incertezas não possam mais me derrubar tão facilmente. alguém me disse, eu não ouvi, que um relacionamento (com todas as pomposidades - inúteis - da palavra) é completamente mão-dupla, entende? a sua mão também tinha que estar lá, eu nunca vou poder substituí-la com a minha outra mão.

nunca. tenho mania desses exageros típicos de quem está tão imerso nos sentimentos que mal enxerga qualquer dimensão. estou prestes a me afogar dentro de mim e é tão simples, tão humano oferecer sua mão para me ajudar. ainda que depois seja preciso criar toda uma nova forma de agir, ainda que no começo as palavras fiquem engasgadas: enquanto houver nossas duas mãos, unidas, eu vou até o infinito com você - por você, por nós.

1 comentários:

Anônimo disse...

como vc saiu não deu tempo de comentar...amei o texto...depois quero fazer comentários em particular.

beijo :***