tudo numa coisa só: a primeira parte;

15.4.08

não saberia explicitá-lo, mas sei de sua existência: o vigésimo primeiro momento. depois de tantos enganos, implicâncias e falhas, nada mais natural que sua ocorrência. e o nosso silêncio, esse não mais acompanhado de pedidos de atenção no meio da noite - sequer havia tais noites - mas que, ainda assim, não feria; à distância, apenas aceitávamos sua plenitude. até o encontro, aquele confronto cruzado entre nossas (in)certezas. mantínhamos o silêncio, mas não podíamos negar aquela cumplicidade tácita escondida atrás de pequenos olhares, perguntas planejadamente desinteressadas e vontades interrompidas. eu soube o seu olhar de reprovação ao me oferecerem um cigarro, não soube o que fazer quando te vi dançando e, espantada com nossos rumos, notei que te sei, soube, saberei. sempre.

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