tudo numa coisa só: a segunda parte;

15.4.08

eu me confiei a você. pela primeira vez, deixei abrirem a porta secreta ao centro de tudo. para depois descobrir que nunca houve um centro, para então deixar que o tudo se adaptasse aos seus doces contornos e inconfundível presença. o meu coração nas suas mãos e naquele conflito entre dizer e negar, ser e não-ser, sempre com excessiva intensidade. todavia, sequer me questionava a respeito da propriedade dos meus atos e do meu coração; você parecia onipotente e onipresente, enquanto eu era sempre a falta. você me preenchia. até que notei. nas quartas de tarde e outros momentos igualmente irrelevantes, você se distraía, enquanto eu me concentrava em memorizar aqueles instantes. e passou a ser tão frequente, passou a existir várias oportunidades em que eu soube que poderia me reaver. e, no entanto (bem sei que prefiro estar em você).

0 comentários: